Estou pesquisando o público masculino, amo e respeito o meu público. Meu trabalho de conclusão de curso tem seu alvo fixado nos homens. Entretanto, o “meu homem” é aberto e instruído, é eleclético e crítico. É jovem, mas isso por si só não basta.
O homem é culturalmente vítima de suas verdades emocionais. É constantemente analítico e analisado por outros homens e de maneira ancestral ainda acredita que moralmente tem um dever a cumprir, o de ser o defensor, o provedor. O “macho” se sente arraigado em ter uma conduta social que não está em qualquer manual do macho, mas que se não cumprida, seus colegas o lembrarão de sê-lo. Esse ‘homem’ não lembra em nada o “meu homem”. Não é para esse que eu dedico a minha rotina, pois a esse eu não despenderia um segundo sequer, a mais dos que já foram nesse post.
James Hollis aponta como um dos segredos do homem, que a vida desses é governada pelo medo. Medo de não ser a figura que se espera dele, medo de não obter êxito profissional, medo de não ter para seus parceiros sempre a plenitude e o consolo nos ombros. O “meu homem” tem esses medos e têm outros, assim como tem medo qualquer ser humano.
Entretanto, o homem simplório tal como o deputado Bolsonaro que de forma alguma é “meu”, não compreende a origem de seu medo porque arrogante faz não vê-lo. Dessa forma, esse senhor, a exemplo de tantos (suspiro), oprime tudo aquilo que teme. Vitimado de uma realidade psicológica ele prefere banir, ofender e execrar o que julga uma ameaça. O que mais justificaria as palavras infames proferidas pelo magistrado no vídeo abaixo? O que mais poderia justificar as agressões constantes a homossexuais, ou violências a qualquer minoria.
O “meu” homem é seguro a tal ponto que delicadeza, sentimento, vaidade e porque não fragilidade podem ser questões suas, independente da orientação sexual. Eu, “meu homem” e uma multidão esclarecida sabe que existem valores realmente sérios a considerar num indivíduo...
